Talita Barbosa: ...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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Silêncio

Toda vez que tento escrever algo aqui, eu paro pra pensar e percebo que a única coisa que toma conta de mim é o silêncio que não diz nada mas ao mesmo tempo quer me dizer tanta coisa. São palavras que estão em desordem, muita informação pra organizá-las e falar exatamente como tenho me sentido. E isso é tão estranho. Porque eu fico querendo falar sobre coisas que jamais poderia falar e também sobre coisas corriqueiras que nem precisam ser escritas. Daí SILÊNCIO.

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Palavras

Minha vida quase que toda eu me acostumei com o fato de nunca ter o que dizer e quando tinha eu preferia me calar por medo de machucar, ferir ou até mesmo falar bobagens. Depois que você aprende que o melhor jeito não é como você achava que tinha que ser, as coisas até melhoram, mesmo que por um processo um pouco lento. Você vai falando, se abrindo e cada vez mais não se contendo em falar. Mas e se falar demais pioram as situações? Falar ou calar? Palavras, palavras, palavras.. Acredite! Mesmo que doa, as palavras precisam ser ditas. Só não as diga com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada. Pois flecha e palavra lançada não voltam mais. Então tenha cuidado. Meça suas palavras, seja razoável, mas fale. Mais fácil se arrepender de uma palavra que de um silêncio

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[Talita Barbosa]

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De mim?

Dizem por aí que ela é uma de alma transparente, que escreve bem, que não vive sem seu twitter, que não sai da frente do computador, que sabe ser uma boa amiga, que sempre tenta fazer todo mundo rir, que é uma ótima companheira, uma boa filha, uma querida sobrinha e uma amada neta, que fala coisas idiotas e sem nexo, que tem vergonha de cantar em público, que esquece de dizer coisas importantes, que gosta de bandas ruins, que é pequena demais, que desvenda a alma dos outros, que sempre topa uma boa conversa, que sabe ouvir, eles dizem isso e muito mais.

Mas ela acha que não é nada disso, ela só acha que é uma menina se tornando mulher, enfrentando um tanto quanto confusa as mudanças da vida, fazendo de tudo pra aprender a andar de salto alto e parecer um pouco mais velha, mas não deixando de colocar um tênis e virar estrelinha no meio da rua, ela não consegue pular a corda quando a velocidade está muito alta mas está aprendendo a encontrar o momento certo de pegar o impulso, está aprendendo a tomar suas palavras e pensamentos em atos, embora às vezes não consiga ainda, ela se perde ouvindo músicas e viaja em sua imaginação após ver um filme, ela não quer entender da qualidade musical do que ouve, do que lê ou do que assiste, ela quer mesmo é ver o quanto de sentimento existe nessas coisas e em todas as outras, ela deixa tudo que ama livre porque não gosta de sufocar, e embora diga pouco isso, ela ama tudo que tem e espera que mesmo livre essas pessoas e coisas que ama continuem com ela. Ela tinha medo de se esconder debaixo da cama mas lá ela conheceu o bicho papão e viu que ele não é tão mau assim, e está pensando em encarar as outras coisas também. Ela canta com sentimento e por isso às vezes se envergonha porque tem medo de que leiam sua alma através da sua voz. Ela não sabe como resolver todos os seus problemas mas vai estar sempre ali ao seu lado segurando sua mão porque sabe que isso pode te ajudar. Bom, ela não sabe se é exatamente tudo isso que dizem por aí, mas ela fica com o coração cheio de alegria quando sabe disso tudo que dizem, porque mesmo ela rindo de forma estranha e tendo manias fora do comum, é uma mistura de coisas que no final acaba sendo mais simples do que se imagina. Ela é só uma menina virando mulher, mulher sem perder o jeito de menina. O que muda não é ela mas como você escolhe olhar pra ela.